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Folheto atual El Corte Inglés - Válido de 01.03 até 30.04 - Página nº 51

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Folheto El Corte Inglés 01.03.2023 - 30.04.2023
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Da mes- ma planta obtêm-se seis fami- lias de chá. As diferen- ças estão relaciona- das com o tratamen- to dado às folhas, as formas de cultivo e a altura das colheitas. Digitalize o QR Code e dê início à viagem. ELCorte fngtato HORA DO CHÁ Teve origem na Ásia, chegou ao Velho Continente graças aos portugueses e, hoje em dia, é uma das bebidas mais famosas do mundo. Seja pela manhã, às cinco horas em ponto ou antes de dormir, todas as horas são boas para beber chá. POR FILIPA MESQUITA eza a lenda que foi Shen Nong o res- ponsável pela descoberta do chá. Este Imperador chinês, que teria um estô- mago transparente para observar o efeito que as plantas tinham em si, estaria a beber asua habitual água fervida quando, por acaso, algu- mas folhas caíram nela, transformando-a na bebida que conhecemos hoje. Esta é uma das lendas mais conhecidas para explicar a origem desta bebida milenar, e a verdade é que o chá vem do chamado Triângulo de Ouro, que abrange parte da China, Tailândia, Myanmar e Laos. Porém, foram os chineses que «levaram a arte do chá mais longe, tornando-o a base do sistema espiritual oriental», considera Sebastian Filguei- ras, sommelier de chá e fundador da Companhia Portugueza do Chá, em Lisboa. Mais tarde, foi através dos Descobrimentos portugueses que este produto chegou à Europa. Para cá, trazia-se muita mercadoria chinesa para exportar, como porcelana e seda. O chá também vi- nha na bagagem, mas, devido ao seu sabor amargo, pensava-se que não ia ter muito sucesso. Certo é que começou a ser bebido entre a Corte, um hábito que acabou por se enraizar depois em Inglaterra, quando D. Catarina de Bragança casou com o Rei Carlos II. Contudo, não foi esta portuguesa a criadora do famoso «chá das cinco». Este é um ritual que só terá surgido no século XIX, graças a uma outra aristocrata, esclarece o argentino. Apesar de ter origem na mesma planta (Ca- mellia Sinensis), a verdade é que o chá é uma matéria-prima complexa. «É muito semelhante ao vinho. Assim como há várias castas que produzem diferentes vinhos, o mesmo acontece com o chá», compara. Da mesma planta conseguem-se seis famílias de chá — branco, verde, oolong, ama- relo, preto e fermentado — e as suas diferenças explicam-se, sobretudo, pelo tratamento dado às folhas, mas também pelas formas de cultivo de cada terroir e altura das colheitas. Uma regra fundamental é adaptar o chá ao momento do dia. Segundo o sommelier, o preto é bom para tomar de manhã, para ajudar o cor- po e a mente a despertar, enquanto o verde ou o oolong são boas opções para a tarde. À noite, tudo depende do efeito que a teína, o princípio activo do chá, tem no nosso corpo. Se formos mais sensíveis, o melhor é optar pelas tisanas, as «pri- mas afastadas», feitas a partir de outras plantas. Mas como fazer um bom chá? Filgueiras sugere dar preferência ao chá em folhas e ter cuidado com atemperatura da água e o tempo de infusão. Com o chá verde, a água tem de chegar apenas ao início da fervura, não ultrapassando os 70ºC/80ºC, e a infusão não deve exceder os dois minutos. Nos outros casos, a temperatura pode variar entre 80ºC e 90ºC e a infusão ser de três a quatro minutos, dependendo se gostamos, ou não, do chá mais forte. O recipiente em que se coloca esta bebida tam- bém faz a diferença. O bule de porcelana é rei, mas os de cerâmica e ferro também são boas opções. «Não há um bule mau. Além de ser um objecto lindo, o chá abre muito melhor, mantém-se mais quente e proporciona-nos outro ritual», conclui o sommelier. APETECE || 51

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Da mes- ma planta obtêm-se seis fami- lias de chá. As diferen- ças estão relaciona- das com o tratamen- to dado às folhas, as formas de cultivo e a altura das colheitas. Digitalize o QR Code e dê início à viagem. ELCorte fngtato HORA DO CHÁ Teve origem na Ásia, chegou ao Velho Continente graças aos portugueses e, hoje em dia, é uma das bebidas mais famosas do mundo. Seja pela manhã, às cinco horas em ponto ou antes de dormir, todas as horas são boas para beber chá. POR FILIPA MESQUITA eza a lenda que foi Shen Nong o res- ponsável pela descoberta do chá. Este Imperador chinês, que teria um estô- mago transparente para observar o efeito que as plantas tinham em si, estaria a beber asua habitual água fervida quando, por acaso, algu- mas folhas caíram nela, transformando-a na bebida que conhecemos hoje. Esta é uma das lendas mais conhecidas para explicar a origem desta bebida milenar, e a verdade é que o chá vem do chamado Triângulo de Ouro, que abrange parte da China, Tailândia, Myanmar e Laos. Porém, foram os chineses que «levaram a arte do chá mais longe, tornando-o a base do sistema espiritual oriental», considera Sebastian Filguei- ras, sommelier de chá e fundador da Companhia Portugueza do Chá, em Lisboa. Mais tarde, foi através dos Descobrimentos portugueses que este produto chegou à Europa. Para cá, trazia-se muita mercadoria chinesa para exportar, como porcelana e seda. O chá também vi- nha na bagagem, mas, devido ao seu sabor amargo, pensava-se que não ia ter muito sucesso. Certo é que começou a ser bebido entre a Corte, um hábito que acabou por se enraizar depois em Inglaterra, quando D. Catarina de Bragança casou com o Rei Carlos II. Contudo, não foi esta portuguesa a criadora do famoso «chá das cinco». Este é um ritual que só terá surgido no século XIX, graças a uma outra aristocrata, esclarece o argentino. Apesar de ter origem na mesma planta (Ca- mellia Sinensis), a verdade é que o chá é uma matéria-prima complexa. «É muito semelhante ao vinho. Assim como há várias castas que produzem diferentes vinhos, o mesmo acontece com o chá», compara. Da mesma planta conseguem-se seis famílias de chá — branco, verde, oolong, ama- relo, preto e fermentado — e as suas diferenças explicam-se, sobretudo, pelo tratamento dado às folhas, mas também pelas formas de cultivo de cada terroir e altura das colheitas. Uma regra fundamental é adaptar o chá ao momento do dia. Segundo o sommelier, o preto é bom para tomar de manhã, para ajudar o cor- po e a mente a despertar, enquanto o verde ou o oolong são boas opções para a tarde. À noite, tudo depende do efeito que a teína, o princípio activo do chá, tem no nosso corpo. Se formos mais sensíveis, o melhor é optar pelas tisanas, as «pri- mas afastadas», feitas a partir de outras plantas. Mas como fazer um bom chá? Filgueiras sugere dar preferência ao chá em folhas e ter cuidado com atemperatura da água e o tempo de infusão. Com o chá verde, a água tem de chegar apenas ao início da fervura, não ultrapassando os 70ºC/80ºC, e a infusão não deve exceder os dois minutos. Nos outros casos, a temperatura pode variar entre 80ºC e 90ºC e a infusão ser de três a quatro minutos, dependendo se gostamos, ou não, do chá mais forte. O recipiente em que se coloca esta bebida tam- bém faz a diferença. O bule de porcelana é rei, mas os de cerâmica e ferro também são boas opções. «Não há um bule mau. Além de ser um objecto lindo, o chá abre muito melhor, mantém-se mais quente e proporciona-nos outro ritual», conclui o sommelier. APETECE || 51

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