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check-in na cozinha onfeccionar pratos temperados com cultura e tradição pode ser uma das formas de fugir à roti- na, sem sair de casa. É tempo de alargar horizontes e dar as boas-vindas à diver- sidade de sabores. Neste roteiro, embarcam com a Apetece Orlanda Barbosa, Rafaela Louzada e Andrés Montes. A primeira paragem é em terras africanas, no Tia Orlanda, restaurante de Orlanda Barbosa, no Porto, que recebe o nome pelo qual é tratada com afecto por todos os que a conhecem. Em Portugal há 42 anos, é natural da Zambézia, Moçambique, e acredita numa cozinha genuí- na e cheia de sabor. No número 148 da Rua de Pinto Bessa, onde há música africana ao vivo na segunda sexta-feira de cada mês, juntam-se «não só saudosistas da comida moçambicana, angolana e cabo-verdiana, mas também portu- gueses com vontade de experimentar». E o que é que podemos fazer, então, para variar dos pratos do dia-a-dia? «Cachupa, moamba de galinha, feijão com coco e cogumelos, caril de frango, gambas ou caranguejo», sugere. Fruto da ligação de Moçambique à rota de especiarias, o caril, o leite de coco e o amendoim surgem em força e podem ser trunfos para uma fusão entre os países africanos e indianos na nossa cozinha. O passaporte carimba-se agora no Brasil, onde nasceu Rafaela Louzada, à frente do Gru- ta, restaurante que abriu no Porto, em 2021. Um espaço charmoso e que «tem como proposta servir peixes da costa portuguesa, mariscos e vegetais vindos principalmente do Norte de Portugal». Afinal, a chef é luso-brasileira e o cruzamento de culturas está-lhe no sangue. 36 Il APETECE Quem diria que uma porta de embarque poderia estar Quando é desafiada a indicar um prato para os portugueses, a resposta é a versão baiana da moqueca de peixe. «Com azeite de dendê, leite de coco e farofa de mandioca para acompanhar. É um prato agregador, ainda mais quando é feito numa panela grande de cerâmica e chega à mesa a ferver, para partilhar.» E se é para introduzir a essência brasileira na casa dos portugueses, não pode faltar a farinha de mesa. «Na minha casa, tinha sempre um pote de madeira à mesa, com farinha de mandioca crocante e granulada, só torrada e com sal. Engrossa sopas, feijões e dá tex- tura a caldos. Adicionada na hora, directamente no prato, ao caldo que solta dos legumes de um cozido português, é delicioso», remata Rafaela. «Qualquer prato fica mais emocionante com um molho picante», diz à Apetece Andrés Mon- tes, chefno restaurante mexicano Callejero, no coração da baixa portuense. Se queremos levar os sabores deste país, cuja gastronomia é reconhe- cida como Património Imaterial da Humanidade pela Unesco, para o prato lá de casa, criar um molho é o primeiro passo. «Existem os picantes e outros que não são nada picantes, mas que acrescentam outra camada de sabor a qualquer prato ou guisado», explica. De facto, a variedade é infinita, mas há algo que deve anotar: «a base de um bom molho deve incluir tomate e chili, e se o acompanharmos com uma tortilha de mi- lho fresca, é incomparável». Para provar entre família e amigos, opte-se pelo pozole. «Um caldo de porco ou galinha com grãos de milho branco, temperado com especiarias, malaguetas secas e fumadas, orégãos e acompanhado de couve fresca, cebola e rabanete. Uma refeição completa e uma autêntica delícia», garante Andrés. à distância de uma ida à sua cozinha? O check-in faz-se entre tachos e receitas, prontos a partir numa viagem gastronómica intercultural, MOAMBADE GALINHA, MOQUECA DE PEIXE E POZO- LENO REGEI- TUÁRIO LÁ DE CASA. SUPERMERCADO.
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