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Folheto atual El Corte Inglés - Válido de 01.03 até 30.04 - Página nº 5

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Folheto El Corte Inglés 01.03.2023 - 30.04.2023
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pues E HISTÓRIA O islão em Portugal: presença e legado por Hermenegildo Fernandes 16 E 23 MARÇO E 13 ABRIL — 18H30 / SALA AMBITO CULTURAL LISBOA — PISO 6 Um dos aspectos mais negligenciados da História portuguesa foi, durante muito tempo, o impacto que o mais de meio milénio de presença do islão na Península Ibérica teve na construção da identidade nacional. Aliás, o período foi sempre considerado como um intervalo, importante pela negativa (a guerra com os mouros, a Cruzada) ou, quando muito, pela sobrevivência de um certo número de palavras no léxico português, de algumas técnicas e costumes. Esta abordagem contrasta muito com a atitude geral que na vizinha Espanha se tinha com o islão, mesmo (ou até especialmente) durante o período da ditadura franquista, ou, também em Portugal, com o papel que a memória desse passado tinha no imaginário popular. A publicação de Portugal na Espanha Árabe, de António Borges Coelho e depois a redescoberta arqueológica do passado islâmico de que o Campo Arqueológico de Mértola foi pioneiro, contribuíram para mudar progressivamente nas últimas décadas essa visão. Neste ciclo de conferências dá-se conta dessa mudança na forma como observamos o nosso passado medieval e as origens do reino, reinterpretando-as na sua relação com o al-Andalus, isto é, a Península Ibérica muçulmana. conferências Lisboa Hermenegildo Fernandes (Lisboa, 1964) é historiador, medievalista e professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde dirige a Área de História. Tem-se dedicado ao estudo das sociedades de fronteira na Hispânia medieval (séculos XIX!) seu principal domínio de publicação, e ensinado no âmbito da História do Islão e do al-Andalus. Orientou uma dezena de teses de doutoramento e mais de duas dezenas de mestrados sobre estes tópicos. 1.2 SESSÃO — 16 DE MARÇO O ISLÃO NA HISPÂNIA: SOCIEDADES EM CONTACTO. A conquista da Hispânia pelo islão no século Vill foi durante muito tempo entendida como um corte brusco, determinando o fim do mundo tardorromano (visigótico). Sabemos, porém, que muitos dos aspectos dessa sociedade e também a religião cristã foram capazes de se manter durante muito tempo. Aadesão àlíngua árabe também não foi tão rápida assim. O caso do Gharb al-Andalus, que corresponde em parte ao actual território português, merece aqui destaque. 2.2 SESSÃO — 23 DE MARÇO DO CALIFADO ÀS TAIFAS: UM MUNDO VIBRANTE DE CORTES, CIDADES E LETRADOS. A grande transformação vem de um poder central muito forte e atractivo, com sede em Córdova. Os momentos altos, os meados do século IX e o século X, são também os da constituição de poderosas sociedades de corte, no segundo caso em torno de um califa. A grande concentração de riqueza e de população nas cidades estimula a produção material, o consumo e também o dinamismo cultural. Quando o califado dá lugar no século XI a principados locais, esse crescimento não dá sinais de abrandar. 3.8 SESSÃO — 13 DE ABRIL OS IMPÉRIOS E O REINO. ALMORÁVIDAS EALMÓADAS E À FORMAÇÃO DE PORTUGAL. Pelo fim do século XI os principados locais (taifas) estão ameaçados pelo crescimento dos reinos cristãos, assim como pelo estabeleci- mento de um islão radical no Norte de África, o movimento almorávida. Uns e outros são muito dissonantes dos valores urbanos da sociedade andaluza. É a pressão militar cristã que vai de- terminar a integração do al-Andalus nos impé- rios berberes durante os séculos XII e XIII. Estes permitem a sobrevivência do islão na Península Ibérica e um considerável atraso na conquista cristã. Os reinos do Norte, como Portugal, vêm dessa guerra na fronteira que marcará de for- ma durável a sua estrutura social. N.º16/MAR-ABR 20235

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pues E HISTÓRIA O islão em Portugal: presença e legado por Hermenegildo Fernandes 16 E 23 MARÇO E 13 ABRIL — 18H30 / SALA AMBITO CULTURAL LISBOA — PISO 6 Um dos aspectos mais negligenciados da História portuguesa foi, durante muito tempo, o impacto que o mais de meio milénio de presença do islão na Península Ibérica teve na construção da identidade nacional. Aliás, o período foi sempre considerado como um intervalo, importante pela negativa (a guerra com os mouros, a Cruzada) ou, quando muito, pela sobrevivência de um certo número de palavras no léxico português, de algumas técnicas e costumes. Esta abordagem contrasta muito com a atitude geral que na vizinha Espanha se tinha com o islão, mesmo (ou até especialmente) durante o período da ditadura franquista, ou, também em Portugal, com o papel que a memória desse passado tinha no imaginário popular. A publicação de Portugal na Espanha Árabe, de António Borges Coelho e depois a redescoberta arqueológica do passado islâmico de que o Campo Arqueológico de Mértola foi pioneiro, contribuíram para mudar progressivamente nas últimas décadas essa visão. Neste ciclo de conferências dá-se conta dessa mudança na forma como observamos o nosso passado medieval e as origens do reino, reinterpretando-as na sua relação com o al-Andalus, isto é, a Península Ibérica muçulmana. conferências Lisboa Hermenegildo Fernandes (Lisboa, 1964) é historiador, medievalista e professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde dirige a Área de História. Tem-se dedicado ao estudo das sociedades de fronteira na Hispânia medieval (séculos XIX!) seu principal domínio de publicação, e ensinado no âmbito da História do Islão e do al-Andalus. Orientou uma dezena de teses de doutoramento e mais de duas dezenas de mestrados sobre estes tópicos. 1.2 SESSÃO — 16 DE MARÇO O ISLÃO NA HISPÂNIA: SOCIEDADES EM CONTACTO. A conquista da Hispânia pelo islão no século Vill foi durante muito tempo entendida como um corte brusco, determinando o fim do mundo tardorromano (visigótico). Sabemos, porém, que muitos dos aspectos dessa sociedade e também a religião cristã foram capazes de se manter durante muito tempo. Aadesão àlíngua árabe também não foi tão rápida assim. O caso do Gharb al-Andalus, que corresponde em parte ao actual território português, merece aqui destaque. 2.2 SESSÃO — 23 DE MARÇO DO CALIFADO ÀS TAIFAS: UM MUNDO VIBRANTE DE CORTES, CIDADES E LETRADOS. A grande transformação vem de um poder central muito forte e atractivo, com sede em Córdova. Os momentos altos, os meados do século IX e o século X, são também os da constituição de poderosas sociedades de corte, no segundo caso em torno de um califa. A grande concentração de riqueza e de população nas cidades estimula a produção material, o consumo e também o dinamismo cultural. Quando o califado dá lugar no século XI a principados locais, esse crescimento não dá sinais de abrandar. 3.8 SESSÃO — 13 DE ABRIL OS IMPÉRIOS E O REINO. ALMORÁVIDAS EALMÓADAS E À FORMAÇÃO DE PORTUGAL. Pelo fim do século XI os principados locais (taifas) estão ameaçados pelo crescimento dos reinos cristãos, assim como pelo estabeleci- mento de um islão radical no Norte de África, o movimento almorávida. Uns e outros são muito dissonantes dos valores urbanos da sociedade andaluza. É a pressão militar cristã que vai de- terminar a integração do al-Andalus nos impé- rios berberes durante os séculos XII e XIII. Estes permitem a sobrevivência do islão na Península Ibérica e um considerável atraso na conquista cristã. Os reinos do Norte, como Portugal, vêm dessa guerra na fronteira que marcará de for- ma durável a sua estrutura social. N.º16/MAR-ABR 20235

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