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f 54 SAÚDE MENTA Cuidar de sitambém é cuidar do seu bebé O nascimento de um filho não traz só um amor infinito. Implica também enormes mudanças desafiantes para a saúde mental dos pais. ara quem escolhe trazer uma nova vida ao mundo, a parentalidade é a missão mais im- portante que já tiveram em mãos. Contudo, não se trata só de uma conexão instantânea e um instinto protetor. Com a gigantesca responsabilidade de educar uma criança, * surgem também os medos. Admitir que eles existem parece quase uma declaração de falhanço e solidão. Mas se há algo que o pro- cesso de adaptação à rotina de um bebé en- sina éque ninguém é perfeito. E o puerpério é tudo menos um período idílico. Na opinião da psicóloga Helena Martins, o, pós-parto é uma fase marcada “por uma grande instabilidade emocional, proporcio- nada pelos desafios de adaptação presentes “e da integração de um novo papel”. Um mar de mudanças repentinas e intensas que “con- duzem a um maiorrisco para a saúde mental” dos pais, explica a médica. Nesta viagem que é a parentalidade, impor- Ao consultório de Helena Martins é frequente chegarem relatos de “insegurança, ansiedade, desânimo, frustração e solidão”, refataa psicóloga. ta notar que as experiências variam muito de família para família. Há quem viva uma tran- sição suave. Há quem duvide das suas capa- cidades para enfrentar os desafios que não param de surgir. A atenção constante que um recém-nascido exige é um trabalho sem ho- ras de entrada e saída. Num esforço para as atender, os cuidadores colocam as suas pró- prias necessidades no quarto ou quinto lugar dalista de prioridades. De repente, tomar um banho parece um luxo. O resultado pode ser um ciclo de fadiga e stress, impactando ne- gativamente a saúde emocional de ambos os membros do casal. Ao consultório de Helena Martins é frequen” k te chegarem relatos de “insegurança, ansie- dade, desânimo, frustração e solidão”, rela- taa psicóloga. Ter este tipo de sentimentos não faz de ninguém menos mãe ou menos
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