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Há 14 anos, como quem chega a terra firme, adquire o restaurante Páteo. O porto de abrigo que lhe permite pôr em prática todo o conhecimento que foi adquirindo ao longo do tempo e que vai muito além dos tachos e das panelas. O seu conceito de “Chef” não se aplica apenas a quem comanda no fogão, mas a quem “toca todos os instrumentos” e refere o enorme prazer de ir às compras, fazer a ligação entre a sala e a cozinha, o contacto com os seus clientes, muitos deles já amigos. Com o espírito empreendedor de quem reconhece que adversidade rima com oportunidade, durante a pandemia aproveitou para elevar o Páteo, um patamar acima O espaço foi todo remodelado e o pátio exterior deu lugar a uma aprazível esplanada, “um miminho”, nas palavras de quem faz questão de salientar que um restaurante com jardim no coração da cidade, é único. Mal o tempo aquece, anima-se com belas churrascadas chefiadas por um profissional contratado para isso mesmo: pór na grelha as carnes e o peixe fresco à espera de ser “pescado” pelos comensais. Até lá, ainda temos muito para provar, porque Miguel Ramos Pinto não nos dá tréguas. O farto desfile de enchidos regionais é apenas um prenúncio daquilo que aí vem: Vitela à moda de Lafões, Bacalhau à moda de Lafões, Alcatra rosada e uma divinal tarte de feijão e amêndoa Miguel Ramos Pinto reconhece que competição neste região é feroz no que diz respeito à oferta de qualidade, no entanto salienta que se vive um bom ambiente entre todos, inclusive lembra que “durante vários anos reuníamos um grupo de vários Chefs, aqui da região e cada um cozinhava um prato" de forma a cultivar não só o conhecimento como a partilhar o mesmo. Da nossa parte, depois de uma experiência gastronómica que nos faz orgulhar do que é bem nosso, ficámos convencidos de que a proximidade e o espírito de comunidade que reinam nestas paragens, também fazem parte da receita
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